Encontro a eternidade na imagem do céu no mar,
Meu corpo morre todos os dias,
Mas minha alma mantém-se imortal cumprindo seu destino.
Independente do que foi o motivo de sua separação,
Uma crise entre corpo e mente que a desligou,
Ou um simples momento de uma morte pura.
Essa separação me libera das quimeras da humanidade,
Das satirizações do amor,
Anseios vãos de humanos pobres de espírito,
Podres de coração.
Posso então voar entre o tempo que trouxe a incapacidade de amar,
e procurar a solução,
Saber ao menos quando perceberemos a importancia de sentir,
Amar a nós mesmos,
A mente amar a alma,
E a alma amá-la novamente.
Mas a esperança se esvai,
Se desliga sem movimento,
Paciência de tentar novamente,
E esperar por um suplicio lento.
Venha então um novo dia,
Venha então uma noite obscura e fria,
Que vos faça perceber o quanto sua vida é vaga,
O quanto sua mente é vazia.
O dever é o que leva a alma a grandeza,
E que disfarça um pouco mais da dor,
Eu a encontrei,
A eternidade,
Que de nada me serve nesse momento quando o sol não aparece,
Já que posso ser o que eu quizer enquanto ele não acordar.